quarta-feira, 18 de maio de 2016

Atrasos de pagamentos de contrato com o Estado e a União causam encerramento de serviços e parcelamento de salários na Fundação


            É sabido por todos da séria crise financeira que o país e o Estado do Rio Grande do Sul enfrentam desde o final do ano de dois mil e catorze. Sendo que esta tem afetado diretamente os serviços de Saúde Pública e infelizmente  nosso Hospital, assim como as 244 demais instituições filantrópicas do Estado, também tem enfrentado dias angustiantes e cada vez mais preocupantes.
            Em virtude da referida crise, a região no final do ano de 2014 começou organizar-se de forma a buscar referenciar seus atendimentos dentro da própria região, uma vez que Hospitais de pequeno porte como o nosso, não suportavam mais financeiramente manter todos os serviços básicos, sendo assim, como Hospital de Parobé conseguiu contrato 100% com meta de 130 partos mês, em maio de dois mil e quinze, as gestantes de Três Coroas que necessitam atendimento pelo SUS, começaram ser enviadas para o referido Hospital São Francisco de Assis.
            Após isto, em final de agosto do ano de 2015, nas tratativas de renovação do contrato de prestação de serviços com o Estado e a União, a Fundação mais uma vez acreditou que sua situação poderia melhorar. O Estado proveu um financiamento do valor devido a Fundação o qual quitou parcialmente a dívida gerada por atrasos dos repasses dos meses de janeiro, fevereiro, março e abril. Sendo assim, buscaram-se doações para reforma da ala pediátrica e assim iniciou-se o serviços de referência em internação pediátrica, mas os repasses voltaram a atrasar, os pagamentos recebidos do Estado começaram ser parciais e/ou foram encerrados e infelizmente neste mês de maio tal serviço foi encerrado.
            Diante do exposto, a Fundação publicamente informa que a situação de nossa instituição é no mínimo preocupante. Em reunião de prestação de contas anual, foi exposto pelo conselho fiscal e pelo técnico contábil do Hospital um prejuízo real ano de 2015 de R$ 780.385,69, sendo que destes R$ 402,381,51 são provenientes de juros de empréstimos e/ou atrasos de títulos. Sendo importante ainda sinalizar que a variação do ativo/passivo circulante é para cada R$ 1.00 que entra, o Hospital tem prejuízo de R$ 2.53.
            Internamente a Fundação tem buscado equilibrar-se, diminuindo despesas das mais variadas demandas (por isso todas as doações são bem vindas). No entanto é necessário mais ou menos R$ 350.000,00 mês para se manter, mas nos últimos meses pode contar  somente com o repasse da Prefeitura de R$ 185.000,00 para honrar com as despesas essenciais, diante disso, pelo terceiro mês consecutivo o salário dos funcionários está sendo parcelado.
            Várias reuniões estão sendo realizadas desde a metade do ano passado, estas junto a líderes de todas as esferas administrativas (municipais, regionais e estaduais), mas nenhuma resolução efetiva foi alcançada. Neste dia 18 mais uma reunião de diretoria foi realizada e nesta ficou acordado que se aguardará até o final do mês de maio para tomada de atitudes efetivas quanto a forma de realização de alguns serviços, bem como da continuidade ou não do Hospital.  

            Certos de podemos continuar com nossos serviços, de antemão pedimos seu apoio e sua compreensão por eventuais problemas em nosso atendimento. Sendo importante sinalizar que continuamos trabalhando a fim de auxiliar  e melhorar a situação de Saúde de todos que necessitam de nossos serviços e de forma a jamais causar prejuízo algum aos pacientes que chegarem até nosso Hospital. 

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